Gestor de finanças fala sobre o cenário da economia brasileira

A palestra ocorreu na Quarta Nobre


O gestor de investimentos, Fábio Pestana, ministrou palestra on line, na Quarta Nobre e destacou a questão do que esperar da economia brasileira, pós-pandemia, investimentos após o Coronavírus e a reação do mercado imobiliário, mobiliário e de crédito.

Segundo o palestrante, a economia pós-pandemia é uma preocupação, e é fundamental para todo profissional, que trabalha com investimentos, estar ciente e preparado para reconhecer as oportunidades, e também os riscos específicos desse momento.

“É importante poder assessorar o cliente com qualidade e para trabalhar com investimentos, mesmo o corretor de imóveis, se não souber exatamente qual o cenário-base e o que vai ser esperado, não haverá  sucesso.  O Coronavírus pegou todos de surpresa, tivemos também uma pandemia que afetou o Brasil, conhecida como Gripe Espanhola, que aconteceu junto com a Primeira Guerra Mundial,  mas não teve uma discussão tão abrangente.”

“ Começamos a quarentena achando que iria durar 15 dias,   de repente estávamos falando em três meses,  e agora a gente está exatamente ultrapassando os quatro meses. Essa jornada vai chegar ao fim e, na economia, vamos passar por um processo parecido. O Brasil vinha de uma crise econômica anterior, os empregos já estavam há muito tempo comprometidos, os ambientes de negócios tinham sofrido diversos efeitos gigantes.”

Pestana destacou também que o País apresentava uma baixa expectativa de investimentos e uma demanda de empresários por uma série de reformas econômicas e o Coronavírus, no meio desse cenário, afetou bastante o Brasil.    

Outra questão, segundo o gestor de investimento, é que o endividamento do País foi crescendo, porque a arrecadação da Receita Federal, tem como base o imposto de renda, que  é pago a partir do momento que as empresas  têm lucro e, com o cenário de desaceleração econômica, essa receita também teve uma queda.

“Hoje o relatório do Focus, que abrange 100 maiores instituições financeiras do País,  tinha a previsão, em 2020, que o PIB cairia 5.77% e  a inflação em geral,  seria 1.67%. Mas, o cenário atual é um pouco mais negativo.  Hoje, os Governos, não só do Brasil, mas do mundo inteiro, estão trabalhando para incentivar a economia, em meio ao Covid-19. E isso também deve se refletir nos financiamentos, o que ainda não está ocorrendo.”