Falso fiador é problema recorrente nas locações

Recentemente, o CRECISP divulgou uma matéria sobre uma administradora que havia tido inúmeros problemas, desde que seu nome tinha sido apresentado como fiadora em uma locação, sem que ela tivesse conhecimento do caso.

A reportagem foi bastante comentada e motivou o corretor de imóveis Antonio Manuel Capeto da Costa a contatar o Conselho e relatar uma experiência semelhante que vivenciou há cerca de 3 anos.

Ao tentar alugar um imóvel que estava em sua carteira, um casal apresentou a Manuel uma diarista como fiadora, sem que ela tivesse ciência disso. Felizmente, a propriedade a ser locada contava com um administrador patrimonial, que avisou Manuel sobre o recurso ilícito que o inquilino pretendia utilizar.

O corretor, então, alertou o pretenso locatário de que o nome da “fiadora” já havia sido envolvido em outras tentativas de aluguel de imóveis, de forma fraudulenta e, com isso, não houve mais nenhum contato por parte do interessado.

Manuel, que já atuou como corretor nos Estados Unidos, contou que lá a figura do fiador praticamente inexiste, pois a garantia está em um cadastro bem feito e na exigência do pagamento da taxa cadastral pelo inquilino. “Isto em si elimina os pretendentes com mau cadastro”, ressaltou.

De acordo com Manuel, a atividade exige atitudes éticas e uma grande preocupação com o cliente. “A corretagem e uma profissão construída sobre a reputação do corretor.  Mas no Brasil, com a impossibilidade de se exigir a exclusividade, perde-se esta motivação.”