Polícia de Mogi abre inquéritos para investigar pseudocorretor

O caso teve início em 2018

Somente neste ano, a Polícia Civil de Mogi das Cruzes recebeu três denúncias de pessoas que foram lesadas por um homem suspeito de aplicar golpes no mercado imobiliário.

As vítimas alegam ter perdido a entrada dada para a compra de apartamentos de um empreendimento negociado por Paulo Barbosa de Sales Júnior, que não é inscrito no CRECISP.

Mesmo assim, duas vítimas relataram que ele se identificava como corretor de uma imobiliária da cidade durante o atendimento.

Entre os denunciantes, duas irmãs contaram que, após investirem quase R$ 34 mil para a aquisição de dois imóveis, o falso corretor não encaminhou o processo de financiamento ao banco.

O caso teve início em janeiro do ano passado, quando as irmãs assinaram contratos para a compra de dois apartamentos no valor de R$ 165 mil cada. Ao longo de 10 meses, vários pagamentos foram feitos, totalizando R$ 33.960,00

Em outubro de 2018, elas tinham como certo que seria firmado o financiamento do valor restante junto a um banco, mas dois meses depois, verificaram que seus dados não tinham sido enviados à instituição.

O falso corretor alegou que ainda não havia obtido resposta do banco, mas que a documentação já tinha sido encaminhada.

Segundo o subdelegado do CRECISP em Mogi das Cruzes, Vanderlei José Martins Júnior, ao comprar um imóvel o consumidor deve solicitar o número do Creci do corretor de imóveis e verificar se sua carteira de registro está atualizada. “Se tiver alguma dúvida pode ir no posto do Creci na Associação Comercial de Mogi. É importante lembrar que o corretor de imóveis não assina contratos pela empresa responsável pelo imóvel e nem recebe dinheiro da operação, pois o dinheiro do sinal, por exemplo, vai para a conta da empresa que comercializa o imóvel. O correto é que tudo que vai se fazer nessa transação imobiliária esteja no papel e identificadas as partes: comprador, vendedor e testemunhas.”