Corretor de Imóveis se transforma em Papai Noel para o Natal

Há oito anos, o corretor Arquimedes Barretti descobriu uma nova e encantadora vocação.


Há exatos oito anos, o corretor de Imóveis Arquimedes Barretti descobriu uma nova e encantadora vocação. Sua aparência simpática, temperamento dócil, barba e cabelos brancos fizeram com que ele confundisse a cabeça da criançada que o via nas ruas, onde era chamado espontaneamente de bom velhinho, ou seja, Papai Noel.

É tudo muito divertido, relata, quando uma criança o olha, vira para a mãe e comenta: “Olha o Papai Noel”.  “Vejo como a mãe fica sempre sem graça e tenta disfarçar acreditando que irei ficar bravo com o comentário, neste momento me interponho na conversa e digo: ‘nossa como você é inteligente, conseguiu me descobrir mesmo eu estando disfarçado’, daí para frente a conversa flui e é só alegria”, conta.

Durante quase todo o ano, Arquimedes atua na profissão de corretor no município de Osasco, onde tira o seu sustento a partir das intermediações de imóveis na cidade e região. Mas, a partir do mês de novembro, ele encara a rotina de bom velhinho também com muita satisfação e esmero. Atualmente, ele trabalha todos os dias em um shopping, na capital paulista, e também em eventos fechados em escolas, clubes, condomínios, empresas e etc.

Embora hoje trabalhe formalmente como Noel, tudo começou como uma iniciativa voluntária. “A primeira vez, atendi a um convite para fazer Papai Noel em uma creche em uma comunidade. Fui ao local, coloquei a roupa vermelha, barba postiça e fiquei pronto para uma ação que me deixou muito emocionado, pois percebi que as crianças necessitavam mais de carinho do que um brinquedo”, relembra.

Hoje, somente no shopping onde encarna o personagem, chega a atender mais de 300 crianças num único dia. Arquimedes revela que embora receba muito pedidos de presentes, alguns pedidos são bastante inusitados: “atendi uma criança que me pediu um pato, mas com a maior naturalidade, não aguentei e caí na risada, mas resolvi perguntar a criança se caso eu não conseguisse um pato o que eu poderia lhe dar, o mesmo abriu os braços e respondeu ‘ué uma maça’, conta aos risos. Viagens à Lua, conhecer a casa dele no Polo Norte e andar de trenó também fazem parte do repertório de desejos da garotada.

De acordo com ele, o retorno financeiro desse trabalho é bom e ajuda bastante a complementar a sua renda, mas parao corretor a maior recompensa, sem dúvida, é a sentimental. “Eu me sinto muito bem, tem coisas que não tem preço, ver o olhinho de uma criança brilhar de alegria, quando pergunto se ele foi um bom menino ou menina respondem que sim olhando para os pais com a carinha de interrogação, entre outras tantas alegrias. O maior beneficiado com este personagem sou eu, através dele, eu consigo sentir o verdadeiro espírito do Natal”, diz emocionado.