Locação residencial cresce 31,82% na Capital

Matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo em 16/12/2017

O número de casas e apartamentos alugados na cidade de São Paulo em outubro superou em 31,82% o de unidades locadas em setembro. A pesquisa feita com 303 imobiliárias pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo registrou um avanço no índice de locação da Capital de 2,3234 para 3,0627 de um mês para o outro.

Das novas locações, 55,06% eram apartamentos e 44,94% eram casas. Os valores dos aluguéis caíram em média 0,67% em outubro em relação a setembro.

Os donos dos imóveis alugados pelas imobiliárias consultadas pelo CRECISP concederam descontos de 9,24% em média nos bairros da Zona A da Capital; de 9,72% na Zona B;  de 11,81% na Zona C; de 11,63% na Zona D; e de 11,86% na Zona E.

Mais da metade (51,08%) das novas locações contratadas em outubro custará aos inquilinos aluguéis mensais de até R$ 1.200,00. A maioria deles – 37,5% do total - também terá o aluguel bancado pelo fiador em caso de inadimplência do inquilino. Os demais usaram como garantia o depósito de três meses do aluguel (34,91%), o seguro de fiança (20,37%), a caução de imóveis (4,09%); a cessão fiduciária (1,62%); e a locação sem garantia (1,51%).

Em outubro, segundo a pesquisa CRECISP, o aluguel novo que mais aumentou foi o de apartamentos de 1 dormitório situados em bairros da Zona A, como os Jardins. A alta foi de 57,89%, com o aluguel médio passado de R$ 1.520,00 para R$ 2.400,00. Já o aluguel que mais baixou foi o de apartamentos de 3 dormitórios em bairros como Aeroporto e Bosque da Saúde, na Zona C. O aluguel desse tipo de imóvel médio saiu da média de R$ 2.966,67 em setembro para R$ 1.547,36 em outubro, uma queda de 47,84%.

Vendas caem

A redução dos descontos que os proprietários concedem sobre os preços originais de venda dos imóveis e a queda drástica dos financiamentos bancários fizeram as vendas de imóveis usados caírem 8,42% na cidade de São Paulo em outubro comparado a setembro.

A maioria das vendas foi feita com pagamento à vista, 74,71% do total, e os financiamentos tiveram participação de apenas 24,14%. Em setembro, eles já haviam baixado para a marca de 30,53% de participação no total de unidades vendidas. 

A redução dos descontos foi de 42,18% nos imóveis vendidos em bairros agrupados na Zona de Valor D (a média baixou de 13,3% em setembro para 7,69% em outubro); de 36,01% na Zona C (caiu de 15,05% para 9,63%); e de 8,91% na Zona B (reduziu-se de 9,88% para 9%).