Funcionários de edifícios na mira da fiscalização do CRECISP

Matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo em 21/10/2017

Não são recentes as reclamações por parte de corretores de imóveis com relação ao exercício ilegal da profissão praticado por porteiros, síndicos e zeladores de edifícios. Pela facilidade de acesso e por gozarem da confiança de moradores e proprietários das unidades, esses profissionais acabam enxergando na corretagem uma maneira cômoda de obter um rendimento extra, sem se importarem se estão ou não infringindo a lei.

Por essa razão, a Fiscalização do CRECISP organizou uma grande operação, concentrada, inicialmente, em cidades litorâneas, para coibir essa prática, que é ainda mais comum nessas regiões, haja vista o número crescente de denúncias recebidas pela entidade.

As blitze foram divididas em duas etapas, perfazendo um total de 8 municípios fiscalizados em seis semanas. Além dos condomínios visitados, também receberam os agentes do Conselho, centenas de escritórios e imobiliárias. Somados, os resultados de Praia Grande, Santos, Guarujá e Bertioga totalizam 546 escritórios e 346 condomínios fiscalizados, que receberam 213 livros de registros de visitas às unidades. Já em São Vicente, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe, foram 331 diligências às imobiliárias, 267 aos condomínios e a entrega de 238 livros.

Os agentes do CRECISP realizaram uma ação intensiva de orientação aos síndicos, zeladores e porteiros, esclarecendo sobre as consequências da prática da atividade sem o devido registro para tal.

“O Conselho tem sido bastante proativo e, mesmo perante a dificuldade de constatarmos a atuação irregular dessas pessoas, estamos empenhando todos os nossos esforços para coibir essa prática extremamente prejudicial à sociedade”, afirmou o presidente da entidade, José Augusto Viana Neto.