Mercado Imobiliário reage em 2017!

Crise política, Lava Jato, delações, recessão e desemprego em massa. Nos últimos 24 meses, o que mais se viu foi um emaranhado de conspirações e um país naufragado numa extrema instabilidade. Resultado: crise econômica que chegou trazendo muita quebradeira, pouco dinheiro no mercado e muita insegurança por parte dos investidores. O setor imobiliário foi atingido em cheio!! As especulações, os boatos e as incertezas fizeram com que muitos imóveis ficassem fechados. ``Não podemos esquecer que os valores praticados nos últimos anos estavam fora da realidade e agora chegaram num patamar aceitável. Esse ajuste teria que acontecer nesse momento ou em qualquer outro``, afirmou José Augusto Viana Neto, presidente do CRECISP. Mas essa tendência de um setor imobiliário em baixa, com vendas mais tímidas, está com dias contados! Os preços mais acessíveis já estão trazendo os clientes de volta e os próprios bancos apostam na retomada do crédito já no segundo semestre. A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) aponta para aumento de 6% nos empréstimos imobiliários esse ano e a Caixa Econômica Federal, que detém quase 70% desse mercado, já registrou crescimento de 22,5% no volume de contratações no primeiro trimestre de 2017. O Feirão da Caixa de São Paulo, que aconteceu no final de maio, também já mostra claramente esses sinais de recuperação. Houve um aumento de 11,8% no volume de contratos fechados em relação ao evento do ano passado. ``A própria CEF está facilitando os financiamentos e demonstrando otimismo no reaquecimento. Assim, as demais instituições bancárias seguirão o mesmo caminho``, disse Viana Neto. Além de tudo disso, dividir o dinheiro em aplicações, Bolsa, Tesouro, imóveis pode ser a melhor solução para o investidor que prefere não ``deixar todos os ovos numa única cesta``. Especialistas creditam o otimismo do mercado à baixa na taxa de juros para financiamento imobiliário, à queda de um ponto na Selic anunciada nas últimas semanas e que baixou o índice para 10,25%, ao aumento do PIB de 1% no primeiro trimestre desse ano e a retomada da geração de empregos no País. `` Os imóveis podem compor uma carteira diversificada de investimentos. Eles são sinônimo de segurança e hoje o mercado tem uma gama enorme de boas oportunidades. Esses ingredientes aliados ao crescimento da economia já deixam claro que o mercado imobiliário vai reagir``, afirma o corretor de imóveis José Brazilino Silva de Paiva. O Presidente do Sindicato da Construção (SindusCon-SP), José Romeu Ferraz Neto, acredita que a recuperação efetiva do mercado só aconteça em 2018, pois ainda há a questão política e as reformas econômicas em tramitação no governo. No entanto, aposta numa retomada das negociações dos imóveis prontos já no segundo semestre. ``O estoque de imóveis novos em poder das construtoras e incorporadoras ainda é considerável, seja por conta da retração do mercado, seja em função dos distratos havidos. Daí que se pode esperar um maior volume de vendas de unidades do que de lançamentos``.