CRECISP discute a Lavagem de Dinheiro e Compliance

Num momento em que se discute a corrupção, o mau uso do dinheiro público, a evasão de divisas, os corretores de imóveis também se preocupam com uma prática que não é incomum no mercado imobiliário: a lavagem de dinheiro. O dinheiro sujo, que tem como origem as negociações ilícitas ou tráfico de drogas, muitas vezes é usado para a compra de bens de consumo de alto valor agregado como imóveis, por exemplo. E no meio do caminho dessas transações estão os corretores que podem ser pegos de surpresa intermediando uma operação suspeita.` O assunto é tão preocupante que o CRECISP promoveu na Delegacia Sub-regional de Osasco, 25 de agosto, a palestra Lavagem de dinheiro e Compliance. O advogado Marcelo Fonseca Santos explicou aos corretores quais são os indícios de uma transação ilegal, como clientes que fazem proposta de pagamento em dinheiro de grandes valores, que não querem declarar a origem dos recursos, negócios incompatíveis com o patrimônio, entre outros aspectos.` Não aceitem nada que não seja dentro da legalidade. O profissional que percebe que o cliente está tentando `esquentar´ o dinheiro e aceita isso, poderá ser acusado de coparticipação, alertou Santos que também ressaltou os métodos que muitos utilizam para driblar as autoridades. Eles mandam parte do dinheiro para paraísos fiscais, empresas de offshore ou usam testas de ferro quando precisam despistar a polícia, completou. Essas operações suspeitas envolvendo a compra de imóveis devem ser denunciadas ao COAF - Conselho de Controle de Atividades Financeiras, órgão do Ministério da fazenda. O corretor pode falar o que viu e ouviu e o órgão fará a investigação sem que ele seja prejudicado.´