Aplicativos de imóveis estão na mira de vários países

Os aplicativos de aluguel para temporada ganharam espaço em diversos países, mas já dividem opiniões e criam polêmica. Se por um lado, proprietários veem vantagens em receber hóspedes e assim ganhar dinheiro alugando quartos ou o imóvel todo, outros não pensam assim. Em algumas cidades como Berlim, por exemplo, os aplicativos já sofrem restrições. Temendo que os aluguéis para turistas superem a oferta das locações regulares e com isso aconteça uma elevação de preços, as autoridades decidiram adotar algumas medidas. A partir de agora, se o proprietário quiser alugar o imóvel, terá que pedir autorização da prefeitura da capital alemã e colocar no aplicativo apenas 50& da área do imóvel para inquilinos temporários. O objetivo é manter a oferta de casas e apartamentos para a população local. Outra metrópole com legislação restritiva é Nova York. Agora, o proprietário que alugar o imóvel por um período inferior a 30 dias, vai ser multado. Em São Francisco, entrou em vigor uma Lei que prevê que o aplicativo Airbnb pague 1.000 dólares/ dia para cada imóvel anunciado por proprietário que não esteja cadastrado na prefeitura. Mas não são só essas cidades que já travam uma verdadeira batalha contra as plataformas de locação entre particulares. Outras já se preparam para combater as ferramentas implantando a cobrança de taxas de serviço. Entre elas : Amsterdã (5& do valor da hospedagem), Lisboa (1 euro por pessoa por noite) e Paris (0,83 euro por pessoa por noite). Paris proíbe que os proprietários aluguem seus imóveis a terceiros por mais de 120 dias/ano. E, em 2016, as autoridades estão intensificando as fiscalizações em apartamentos de temporada. Em Barcelona, no final do ano passado, o Airbnb e a concorrente Homeaway foram multados cada um em 60 mil euros, por oferecer em seus sites moradias sem as licenças municipais necessárias para receber turistas. A polêmica quanto aos aplicativos aqui no Brasil também é grande. O Ministério do Turismo tenta fazer a regulação dos serviços prestados pelos aplicativos já que eles fazem concorrência direta com o setor hoteleiro, que reclama da situação. Mas, por enquanto, não existem proposta de regulamentação definida, nem prazos.