Corretores de Sumaré e Paulínia se unem contra a dengue

As autoridades de saúde das cidades de Paulínia e Sumaré ganharam importantes parceiros no combate à dengue. Os corretores de imóveis das duas cidades, região da Delegacia Sub-regional de Campinas, estão auxiliando no trabalho de eliminação dos focos do mosquito nos imóveis que se encontram fechados. Uma reunião entre os corretores, além de síndicos e administradores de condomínios, foi realizada na Câmara de Paulínia, na noite do último dia 5 de maio, para definir as estratégias contra a doença. "Os terrenos e imóveis à venda ou para locação são uma grande preocupação para a vigilância em saúde da cidade", afirmou o chefe do setor, Hernany Justino. Segundo o delegado do CRECISP de Campinas, José Carlos Sioto, os corretores irão vistoriar os possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti sempre que abrirem um imóvel para mostrar aos clientes, e também podem ser acionados quando os agentes receberem denúncias contra imóveis fechados. Em Sumaré, representantes do CRECISP acompanharam agentes da Secretaria Municipal de Saúde em vistorias de cinco imóveis fechados, no dia 17 de abril. "A epidemia precisa ser enfrentada por todos e todos os dias", enfatizou o delegado na cidade, Edilson Siqueira Campos. Entre as ações de inspeção estão a verificação de água parada nos ralos, vedação dos vasos sanitários e caixas d´agua e a retirada de recipientes que acumulem água. Em casos mais graves, o corretor deve comunicar o proprietário a tomar providências. As residências visitadas recebem um selo "Vistoriado pelo Creci", para que os agentes de saúde e outros corretores possam identificar os imóveis que já estão livres dos criadouros. O CRECISP atua no combate à dengue em parceria com a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), da Secretaria de Estado da Saúde, há oito anos, com ações bem sucedidas em diversos municípios. Conforme estimativa da Sucen, acredita-se que 80% dos casos da doença sejam consequência de criadouros dentro das moradias. "Estas parcerias entre corretores e as prefeituras são fundamentais para o controle da doença", afirma o presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto.