Pesquisa indica crescimento nas vendas

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No dia 27 de junho, José Augusto Viana Neto, presidente do CRECISP visitou as cidades de Tietê, Cabreúva, São Roque e Barueri, para falar sobre a atividade do corretor de imóveis e sobre o mercado imobiliário em função da crise político-econômica que o País atravessa.

Os resultados do volume de vendas estaduais de abril, divulgados recentemente pelo CRECISP, mostram números animadores: houve crescimento de 17,95% em relação ao mês de março e queda de 3,49% nos preços médios de metro quadrado de casas e apartamentos. No que diz respeito ao Interior do Estado, especificamente, houve crescimento de 25,08% de março para abril.

De janeiro a abril, as vendas acumulam saldo positivo de 12,16% enquanto que os preços registram redução de 6,66%.

"Esse aquecimento nas vendas, no entanto, ainda não garante uma retomada no mercado imobiliário, haja vista que dependemos dos rumos que a crise político-econômica vai tomar nos próximos meses. Todos sabemos que as contas públicas estão deficitárias, mas o governo precisa agir para que a atividade econômica não seja ainda mais estrangulada e, como todos sabem também, a indústria imobiliária é a que mais movimenta amplos setores da produção com geração de empregos, renda e impostos", afirma Viana.

"A venda de um imóvel usado gera um efeito multiplicador em toda a cadeia, pois esses recursos se distribuem entre o mercado de novos, o de reformas, materiais e muitos outros", argumenta Viana Neto, ao reclamar créditos adicionais para este segmento. O presidente do CRECISP ressalta, ainda, que a "prioridade número 1" do governo federal deveria ser a queda imediata da taxa de juros aproveitando o momento de redução e estabilidade da inflação.

"A queda dos juros vai baratear os empréstimos, reduzir o peso da dívida pública e assim permitir que mais recursos fluam para os financiamentos via bancos privados, que precisam aumentar sua participação no mercado de crédito imobiliário, até agora dependente da Caixa", justifica Viana.

O presidente reforça sua defesa da queda dos juros com os dados do próprio IBGE, que constatou redução da inflação nos seis primeiros meses deste ano para 1,62%, o menor índice para um primeiro semestre desde 1994, início do Plano Real. No acumulado em 12 meses, a taxa de inflação soma 3,52% - que é a menor para junho desde 2007, quando ficou em 3,44%.