Mês de fevereiro mostra reação no mercado de venda e locação de usados

Texto veiculado no jornal O Estado de São Paulo dia 22/04/2017

Após registrar um saldo de vendas negativo em janeiro, a Pesquisa do CRECISP relativa ao mês de fevereiro já demonstra uma boa reação no mercado de venda de imóveis usados no Estado de São Paulo. Os dados obtidos com 1.101 imobiliárias consultadas pelo Conselho apontam um crescimento de 13,17% no volume de casas e apartamentos comercializados no período. Somado ao percentual negativo obtido em janeiro na comparação com dezembro (-11,19%), o índice de fevereiro faz com que o acumulado de vendas de 2017 atinja 1,98%. Esse resultado reflete o mercado no âmbito estadual e é composto pelos bons números registrados em 3 das 4 regiões em que a Pesquisa do CRECISP se divide. Na Capital, o mês de fevereiro foi positivo, com alta de 61,9% no número de imóveis vendidos ante janeiro. Interior e Grande São Paulo também aumentaram a quantidade de negócios fechados em 9,44% e 6,93%, respectivamente. Apenas na região litorânea houve queda na venda de imóveis, mas o percentual não chega a ser preocupante: 1,78% na comparação entre os dois primeiros meses de 2017. O cenário mais favorável às vendas em fevereiro, certamente, surtiu seus efeitos no quesito dos descontos concedidos pelos proprietários no momento de fechar negócio. Houve queda de 22,98% e de 40,33% nos descontos dados pelos proprietários nos preços das casas e apartamentos localizados nos bairros centrais (caindo de 9,40% para 7,24%) e de periferia (de 9,72% para 5,80%) das cidades pesquisadas. Somente os imóveis das áreas nobres apresentaram um aumento de 25,02% nos descontos concedidos no preço final, com o objetivo de facilitar a sua negociação. Passaram de 10,03% em janeiro para 12,54% em fevereiro. Segundo o presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto, a tendência é de que os próximos meses já consigam apontar para uma boa reação no mercado imobiliário paulista, acompanhando a própria movimentação positiva - ainda que incipiente - que aos poucos vem surgindo na economia como um todo. Viana toma como base o bom desempenho apontado pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) - que é uma espécie de sinalizador do PIB do País - que cresceu 1,31% em fevereiro sobre janeiro. ``Há um certo empenho por parte de empresários de diversos segmentos em encontrar boas saídas para a crise do País, contribuindo com o governo na busca pelas melhores soluções que possam colocar nossa economia nos trilhos novamente. Com isso, bons ventos podem voltar a soprar em nosso segmento, a se confirmar esse prognóstico.`` Imóveis com preço final até R$ 300 mil foram os mais procurados pelos compradores em fevereiro, respondendo por 51,97% do total negociado. A maior parte das vendas foi feita por meio de financiamento (54,21%), concedido pelas instituições financeiras e pelos proprietários. Outros 44,94% representaram casas e apartamentos vendidos à vista. As locações estaduais de casas e apartamentos usados, que em janeiro tinham apresentado alta de 22,45% na comparação com dezembro, permaneceram em ascensão, aumentando 16,01% em fevereiro. Os percentuais mostraram crescimento em todas as regiões do Estado: 24,94% na Capital; 11,17% no Interior; 6,98% no Litoral e 17,19% nas cidades de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Guarulhos e Osasco. A faixa de aluguéis mais procurada pelos inquilinos foi a de casas e apartamentos até R$ 1.000 mensais, com 54,19% das novas locações. Invariavelmente, o fiador foi maioria respondendo pela garantia de 56,82% dos contratos. Esta e outras pesquisas do CRECISP podem ser acessadas pelo link: www.crecisp.gov.br/pesquisas/pesquisa.asp