Segurança Psicológica e Inovação são temas da Quarta Nobre

Logo no início de sua fala, Ângela compartilhou um episódio pessoal: “Preparei minha apresentação com tanto carinho, mas percebi que acabei retirando o slide inicial, justamente o que trazia o tema da palestra”. O reconhecimento do próprio erro, explicou, foi o ponto de partida para a reflexão central do encontro: “Liderar também é assumir erros e expor vulnerabilidades”.

Durante a palestra, Ângela destacou que a segurança psicológica é uma crença compartilhada pelo time de que o grupo é um espaço seguro para assumir riscos pessoais. “É o ambiente onde eu posso ser eu mesma, trazer dúvidas e ideias sem medo de julgamento”, afirmou. Segundo ela, esse tipo de cultura reduz o chamado “silêncio tóxico” — quando profissionais deixam de se expressar por receio — e potencializa a criatividade e a performance.

A especialista lembrou que empresas como Google e 3M já comprovaram que a inovação floresce em contextos que valorizam a diversidade de pensamento e a comunicação aberta. “As organizações que priorizam o bem-estar das pessoas e a saúde psicossocial têm mais chances de formar times de alta performance e sustentáveis ao longo do tempo”, ressaltou.

Ao citar o executivo de tecnologia Minuk Chafique, Ângela reforçou que “no passado os empregos dependiam dos músculos, hoje dependem do cérebro, mas no futuro dependerão do coração”. Para ela, esse futuro já chegou: “Precisamos valorizar as emoções tanto quanto o conhecimento técnico. Quando as pessoas adoecem, a empresa adoece junto”.

Ângela trouxe a discussão para o universo imobiliário, lembrando que se trata de um mercado competitivo e exigente. “Os corretores de imóveis vivem sob pressão constante, com metas desafiadoras e clientes exigentes. É por isso que criar ambientes de confiança e cooperação é vital para manter a saúde emocional e alcançar resultados sustentáveis”, concluiu.