Mediação e Conciliação são temas de palestra do CRECISP

No dia 11 de junho, o CRECISP realizou mais uma edição da Quarta Nobre, com a participação da advogada, mediadora e conciliadora de conflitos Marcia Cristina da Silva Cambiaghi. A palestra, realizada de forma online, abordou o tema "Mediação e Conciliação: Estratégias para Prevenir Ações Judiciais".

Durante a apresentação, Márcia Cristina explicou que mediação e conciliação são métodos alternativos de resolução de conflitos. Essas práticas buscam promover o diálogo entre as partes envolvidas, evitando a judicialização. Segundo a palestrante, a adoção desses métodos permite solucionar disputas de forma consensual, contribuindo para a preservação das relações, a economia de recursos e a eficiência no tratamento de demandas.

A mediadora também destacou que, apesar da crescente disseminação desses métodos, ainda há um grande número de pessoas que desconhecem sua existência e funcionamento. Em sua experiência na formação de novos mediadores, é comum que participantes do curso relatem nunca ter ouvido falar ou passado por uma sessão de mediação ou conciliação.

A palestrante ressaltou a existência de parcerias institucionais que incentivam o uso dessas práticas. O CRECISP, por exemplo, mantém um convênio com o Tribunal de Justiça de São Paulo por meio do Cejusc (Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania), integrando-se ao chamado sistema multiportas, que propõe diferentes formas de tratamento de conflitos além da via judicial.

A advogada também apontou que, no contexto da atividade imobiliária, o corretor de imóveis já atua como intermediador nas negociações e possui habilidades que favorecem o uso da mediação. No entanto, situações de conflitos podem surgir durante ou após as transações, e o conhecimento dessas ferramentas pode auxiliar o profissional na gestão dessas questões de forma mais construtiva.

Segundo Márcia Cristina, conflitos muitas vezes envolvem elementos que não estão expressos nos documentos formais do processo judicial. A mediação, nesse sentido, permite acessar os interesses e necessidades subjacentes das partes, indo além do que o processo tradicional alcança.

A palestrante finalizou com uma reflexão sobre o papel da mediação na transformação de disputas em oportunidades de entendimento. A metáfora do iceberg foi utilizada para ilustrar que os conflitos visíveis geralmente representam apenas uma parte do problema, sendo necessário aprofundar o diálogo para atingir soluções sustentáveis.