Matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo em 01/02/2025
No mês de dezembro, o CRECISP realizou um estudo com 5.607 imobiliárias de todo o Estado de SP, com o intuito de revelar como estão as vendas e locações de casas e apartamentos residenciais usados em todo o Estado. Além disso, o Conselho também divulgou um balanço dos últimos 12 meses nesses dois segmentos. O levantamento mostrou que, na comparação com novembro, houve queda de 7,96% no volume de vendas e de 5,92 nas locações.
Mesmo com esses índices negativos, o mercado imobiliário estadual demonstrou um bom vigor em 2024, acumulando alta de 21,53% e de 12,90% na quantidade de casas e apartamentos vendidos e alugados, respectivamente.
“Em dezembro, em todo o Estado, apenas 20,4% dos negócios foram realizados à vista. Também verificamos que 58,9% das vendas dependeram da concessão de crédito vindo da CAIXA e dos demais bancos. Isso é um indicador importante do peso dos financiamentos imobiliários no fechamento das transações”, pontuou o presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto.
Segundo Viana, já existe uma preocupação por parte de diversos players desse mercado no que diz respeito ao aumento da Selic e à previsão de novas altas. “Em 2024, houve um crescimento de mais de 20% no volume de financiamentos vindos do SBPE. Mas com a subida dos juros e a política que vem sendo implementada pelo governo, já se fala em um recuo de cerca de 10% para 2025.”
A Pesquisa CRECISP registrou que 47% das vendas eram de casas e 53% de apartamentos, de acordo com as imobiliárias consultadas. Os compradores buscaram, preferencialmente, por imóveis na faixa de preço entre R$ 200 mil e R$ 300 mil.
Tanto as casas quanto os apartamentos mais vendidos nesse período tinham 2 dormitórios e no que se refere à área útil, ela variou entre 50 m² e 100 m². A maioria dos imóveis negociados (47,3%) estava situada na periferia das cidades consultadas pela Pesquisa.
A maioria dos inquilinos assinou contratos de locação de imóveis com valores até R$ 1.000 (29,9%) e 64,4% das propriedades alugadas estavam situadas na periferia.
No ranking das garantias locatícias, a figura do fiador permanece firma na liderança, com 67,2% das preferências dos novos inquilinos. Na sequência, aparece o depósito caução, com 11,9%, quase empatando com o seguro fiança, com 11,2%.
Houve queda no volume de casas e apartamentos alugados em Dezembro na comparação com novembro. Segundo as imobiliárias que participaram da Pesquisa, o percentual reduziu 5,92% em relação ao mês anterior.
Em 46,4% dos cancelamentos de contratos de locação ocorridos em Dezembro, os inquilinos optaram pela mudança para aluguéis mais baratos; 19,3% foram para aluguéis mais caros e 34,3% se mudaram sem dar justificativa.
Os locatários escolheram, em sua maioria, casas e apartamentos com 2 dormitórios e área útil de 50 m² a 100 m².