CRECISP divulga balanço anual de vendas e locações

Matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo em 18/02/2023


Ao longo do ano, o Conselho realizou pesquisa com cerca de 1 mil imobiliárias de 37 cidades paulistas, computando os dados obtidos sobre a venda e locação de casas e apartamentos usados. Mês a mês, os números da Pesquisa CRECISP refletiram o mercado imobiliário e, também, a influência do momento socioeconômico do País.

Após um 2022 repleto de incertezas, tanto na área da saúde, embalada pelo vai e vem da Covid, quanto no âmbito político, com um País dividido e uma disputa acirrada entre a esquerda e a direita, o setor de imóveis não poderia passar ileso frente a grande importância que tem para fazer girar a roda da economia, gerando emprego e renda a milhares de famílias.

Em doze meses, a Pesquisa estadual do CRECISP revelou que houve uma retração de 20,27% nas vendas de imóveis residenciais usados, resumindo os sete resultados mensais negativos do segmento em 2022. E nas locações, o cenário não foi diferente. O volume de casas e apartamentos alugados fechou negativo em 6,70%, após sete meses em queda no ano passado.

Segundo o presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto, a missão para os agentes desse segmento em 2023 é unir esforços, cobrando taxas de juros mais justas das instituições financeiras, que permitam um acesso mais fácil à casa própria, via financiamento imobiliário. Segundo a Pesquisa do Conselho, gradativamente, as pessoas têm optado pelas compras à vista, o que dificulta o fechamento dos negócios. Mais de 50% das vendas estaduais de dezembro foram feitas dessa forma, o que pode ter causado um resultado negativo de 19,66% na comparação com o número de transações concluídas em novembro. “Estamos esperançosos com as novas medidas do governo para o Minha Casa Minha Vida, atendendo a uma de nossas reivindicações antigas: a inclusão dos imóveis usados na política de subsídios. Com isso, temos certeza de que mais famílias poderão adquirir suas propriedades a um preço mais acessível, dando um novo fôlego à atividade imobiliária”, concluiu Viana.