Matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo em 13/04/2023
É muito frequente o CRECISP receber relatos de corretores de imóveis que se encontram em situações delicadas devido a clientes que agiram de má-fé. Essas ocorrências podem ser frustrantes e prejudiciais, causando tanto problemas financeiros quanto emocionais aos profissionais.
Infelizmente, grande parte dos corretores cria uma empatia pelo cliente e não percebe suas verdadeiras intenções, razão pela qual é preciso estar atento e adotar medidas preventivas para evitar tais incidentes.
A má-fé por parte dos clientes pode se manifestar de diversas formas, desde o não pagamento de comissões acordadas até a manipulação de informações para obter vantagens indevidas. Assim, é fundamental que o profissional suspeite de pessoas que fazem promessas vagas ou mudam constantemente de ideia com relação ao imóvel e de interessados que não fornecem informações completas ou ocultam dados relevantes.
Para evitar cair em armadilhas, o corretor deve adotar algumas práticas que podem lhe trazer mais segurança. Uma delas é a formalização do negócio por escrito, por meio de um contrato preliminar que detalhe claramente os termos e condições da transação. Além de ser uma garantia, ele servirá como referência em caso de uma disputa judicial.
É essencial verificar a idoneidade do cliente, analisando as informações obtidas e a sua documentação, antes de iniciar qualquer negociação. Sempre que possível, o profissional deve manter registros escritos de todas as comunicações e interações com os clientes. Isso pode ser útil para esclarecer mal-entendidos e provar sua versão em caso de litígio.
Em situações duvidosas ou complexas, não hesitar em buscar orientação jurídica. Um advogado especializado poderá oferecer insights valiosos e ajudar a proteger os interesses do corretor. E se algo parecer suspeito ou não parecer certo, o profissional deve confiar em seus instintos e proceder com cautela. É melhor ser prudente do que enfrentar consequências negativas mais tarde.
