Palestrante fala sobre saúde mental

No dia 27 de março, o professor Rafael Alves esteve presente na Quarta Nobre do CRECISP e falou aos corretores de imóveis sobre o tema: Saúde Mental Para Corretores de Imóveis.

O palestrante citou condições como o estresse, ansiedade, nervosismo para fechar uma venda e comentou que, apesar de o corretor de imóveis trabalhar com sonhos e tijolos, as pessoas ainda são a grande chave de sucesso da profissão. Ele mostrou aos participantes como gerenciar emoções para não perder o controle das negociações, além de conseguir organizar melhor sua rotina pessoal e financeira.

No início da apresentação, o Alves ressaltou a importância de estabelecer o networking de forma presencial, pois esta ferramenta gera resultados que o online, muitas vezes, não proporciona. Enfatizou, no entanto, que o excesso de trabalho pode terminar em resultados negativos para saúde física e mental.

“Minha saúde mental, por exemplo, não foi trabalhada. Eu tinha apenas 22 anos, acompanhava um ótimo crescimento empresarial, ganhava dinheiro, tinha uma vida bem sucedida, mas não era feliz, e tudo explodiu dentro de mim, o que resultou em quadro muito sério de depressão. Fiquei internado, estava em um ritmo tão automático que não consegui perceber que entrei no automático em minha vida.

“Nós somos o País mais ansioso do mundo. A Avenida Paulista, por exemplo, é um caos. São carros indo e vindo, gente gritando, aí passa o catador de papelão atropela a mulher... Todos os homens na minha família têm uma deficiência de lítio, é um metal do nosso corpo que regula as nossas emoções e se eu não o suplementar no meu sangue, tenho muita chance de me sentir mais alegre ou mais triste que a população normal.”

Segundo Alves, o grande problema é que, muitas vezes, nos sabotamos e não assumimos a real responsabilidade. “Muitas profissionais comentam que o lead não presta, que o mercado imobiliário está saturado e existem muitos concorrentes. Nunca a responsabilidade é sua, é sempre do outro. Nada do que é meu, gerencio, na realidade tenho que fazer  acontecer,  caso contrário, isso acaba sendo uma autossabotagem.”